O Princípio...

...Surge algo… Vem de lá, das terras que desconhecemos… Vai para lá, para o porto onde chegaremos… Viagem, passeio, périplo, momento. Diz-me o que sou, Diz-me o que quero ouvir ou aquilo para que existo...



...Surge algo… Não sei de onde vem, nem quando aparece… Não sei para onde vou… Viagem, passeio, périplo, instante. Sei o que sou, Sei o que não quero ver, Sei que já não existo!

domingo, 4 de setembro de 2011

Violência em Londres...

Uma das saqueadoras de Londres dizia..."Não nos estamos a juntar a uma causa, estamos aqui para limpar a Foot Locker" (loja de sapatos de desporto).


Camila Batmanghelidjh defende, no The Independent, que "os motins seriam uma resposta à brutalidade da pobreza".


Eu diria antes que estamos perante uma sociedade e individuos sem qualquer noção de deveres, obrigações, respeito e cidadania. Existe uma cultura de vitimização e tolerância excessiva (mesmo a nivel judicial) que leva as pessoas a exigirem, sem reflectirem minimamente sobre o que podem/devem dar.


Acho que vale a pena pararmos para reflectirmos sobre o que aconteceu...o que está a aconteçer... e porquê que esta geração tem tanta facilidade em exigir os seus direitos e em perguntar o que o Estado e os outros podem fazer por ela, negando completamente o que eles como individuos podem fazer por eles próprios e pelos outros.

"A Morte é o caminho para a reverência..."

Aproveito esta frase do filme "The Fountain" para, mais uma vez, me deixar levar até ao assunto da mortalidade, que sempre me fascinou,...pelo menos desde que tinha 26 anos e senti, pela primeira vez, a minha mortalidade.

No filme "A Barreira Invisível" fala-se que Morte é Glória...Agora, no The Fountain, descrevem-na como o caminho para o Profundo, para a Veneração, para o Sagrado...

Para juntar uma frase minha... "A MORTE NÃO ACONTECE,VIVE-SE".

Ando de mãos dadas com a Morte...

Quero dizer adeus consciente e corajosamente como quem foi capaz de colocar um ponto final na sua própria existência...como quem sabe que o livro está terminado.

Caminho para a Morte como quem se senta numa sala de cinema e aguarda o início do filme!

O nascimento sempre me fez impressão...Como se houvesse algo de errado em nascer.

A morte, por outro lado, fascina-me. Respeito-a como a um inimigo que admiramos.

Não quero mais o início, o recomeço, o renascimento.

Estou pronta para o fim.

Não me interessa o desenvolvimento humano, interessa-me, sim, a arte de desaparecer!

A todos aqueles que não estão de acordo....

Hoje relembrei-me de Paul Watzlavick......Este slogan...."patates ou pommes de terre ?"...., que penso ser dele, foi utilizado clandestinamente por volta de 1940, como forma de responder à propaganda Nazi que intimidava as populações a submeterem-se à "escolha" entre o Nacional-Socialismo e o caos de Estaline.



Cada vez acho que a nossa sociedade está mais doente....o que interessa não é o certo ou o errado ou agir de acordo com a consciência ou de acordo com os nossos princípios e crenças....como eu acho que acontecia há muitas gerações atrás.... o que interessa, hoje, é agir de modo a negar toda e qualquer responsabilidade e rodearmo-nos de carneiros que confirmam o que queremos...



"Le goût du malheur trouve un terreau favorable dans des volontés sublimées, le sacrifice, les 'assistantes sociales qui veulent sauver l'autre', les relations asymétriques entre une femme dévouée et un homme dépendant, qui ne feront que renforcer les tendances de chacun. Le rôle que le partenaire doit jouer envers l'autre est de même nature que celui qu'il veut jouer « pour produire ses propres réalités. Chacun y cherche une gratification personnelle, un 'service rendu'"



"Patates ou Pommes de Terre"?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Filhotes

Os meus filhos tornaram-me numa pessoa melhor...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Morte não aconteçe.....vive-se!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

As Amizades...

"Um dia a maioria de nós irá separar-se. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim… do companheirismo vivido.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe…nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices…

Aí, os dias vão passar, meses…anos… até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo…. Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: “Quem são aquelas pessoas?” Diremos…que eram nossos amigos e…… isso vai doer tanto!

“Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!” A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente……

Quando o nosso grupo estiver incompleto… reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo. E, entre lágrima abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida,isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo…..

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades…."

Texto da autoria de Fernando Pessoa


Dedicado a:

Celinha...sempre presente desde a infância

Teresinha amiga, companheira de adolescência

Xaninha e Pedro companheiros inseparáveis de Universidade e com quem tive momentos de profundo absoluto

Aninha e Aldinha

Filipa e Sergio parente referencias também durante a universidade

Gaby irmã cujo caminho seguiu outro rumo

Fernandinha de Braga

Ana B irmã na dança e na vida

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dança e Duende

Olá a todos os que quizerem ler esta nota.....Foi inspirada após ter participado no 1º Festival Internacional de Dança Duende em Serpa.....

Todos sabem e podem constatar no dia a dia que nem sempre a convivência entre os seres humanos é fácil. Isso assume particular relevância no seio da arte onde nem sempre o trabalho do outro ou o outro em si mesmo é respeitado....onde nem sempre é dado o devido valor aos professores e aos mestres que gentilmente nos transmitem o conhecimento ou onde muitas vezes nem sequer existe a preocupação com a arte em si e se usa a dança apenas como um instrumento para valorizar o Ego.

Segundo Myriam Szabo (Fundadora e criadora da Dança Duende) a Dança Duende é um treino da mente aplicado à dança, cuja obra está ao serviço da manifestação da Bondade Fundamental na Humanidade.

Posso dizer que esta semana que passei em Serpa foi a prova disso mesmo....o que presenciei e vivi foi lindo demais para ser aqui transmitido, mas de qualquer maneira vou tentar....

- Partilhei momentos com pessoas, bailarinas, artistas que cultivam o amor, a liberdade e o respeito

- Vi e participei (com muita alegria e orgulho) na partilha dessa liberdade e alegria com todas as pessoas da comunidade, enfatizando mais uma vez a preocupação que a Dança Duende tem em inspirar a sociedade para conceitos como a dignidade, a bondade, a inteligência emocional....

Enfim criar felicidade e alegria em nós mesmos e ao nosso redor....

Queria agradecer Myriam e a todos os presentes os momentos únicos que eu e o Tiago pudémos viver...

Já me tinha esquecido como a Dança, a Arte e a Bondade são um estado natural que resulta de soltar o Ego....

"Lo importante es crear las condiciones sociales para luchar eficazmente contra la corruption desde el nterior, es decir empezando por uno miesmo" (Myriam Szabo)